À exceção da prova do Instituto Rio Branco (que está em outra realidade planetária), as provas do CESPE costumam seguir um padrão: distribuição entre questões de interpretação e de gramática. Nas provas com até 25 questões, é comum encontrar de dois a três textos não muito longos, cujo padrão de complexidade aumenta quando se passa do nível médio para o nível superior – o que é esperado de qualquer banca examinadora.
Muita gente prefere o estilo tradicional da banca, que é o de julgamento dos itens como “certo” e “errado”, apesar de achar ruim o princípio de que uma questão errada anula uma correta. Há uma tendência de mudança desse padrão para o padrão de múltipla-escolha (a, b, c, d, e) do ano de 2016 adiante.
Nas questões relativas ao texto, é muito comum haver a distinção entre questões de inferência e questões de compreensão, na proporção de uma para duas, ou seja, uma de inferência para duas de compreensão textual. Há muitas recorrências aos referentes pronominais, quer dizer, a banca gosta de perguntar qual é o referente do pronome empregado na sentença.
Nas questões relativas à estrutura das sentenças, abundam os questionamentos sobre reescrita de frases. Nesse caso, qualquer item de correção gramatical pode ser cobrado, e o candidato deve ficar atento ao modo como a sentença está redigida. Sem contar essas questões sobre reescrita de sentenças (nas quais também pode figurar o sentido das expressões), os principais conteúdos são: concordância (com predomínio da verbal, nas regras mais comuns), crase (com ênfase na justificativa dos acentos), pontuação (principalmente para termos destacados e orações adjetivas) e regência (com ênfase na regência verbal).
O CESPE possui uma tradição muito consolidada na abordagem do assunto de Redação Oficial nas provas de Língua Portuguesa.
Para garantir que você não terá quaisquer problemas com o assunto em questão, indico o meu livro “Revisaço de Redação Oficial e Discursiva” – publicado pela editora Jus Podivm. Ele dá conta da matéria de maneira efetiva e simples.