Dente toda a mitologia presente no universo dos concursos públicos, uma das figuras mitológicas mais comuns é “a matéria para a banca X”. Bem, não é raro você discutir com um amigo concurseiro (talvez seja você o cara de quem estamos falando) por causa de professor X que ensina para a banca Y. Meu querido aluno, NÃO SEJA UMA MULA! Não existe o português para o Cespe, o português para a FCC, o português para a ESAF. Pior ainda: não há o português para carreira policial, ou para carreira fiscal, ou para tribunais. Há a matéria de Língua Portuguesa, e apenas ela.
Verdadeiramente, existe uma tendência de diferenciação de conteúdos; mas isso é com relação à focalização. Explico: algumas bancas possuem questões de natureza mais objetiva, ou seja, você olha e julga a questão de acordo com a nomenclatura tradicional. Outras bancas possuem questões com mais detalhamento técnico (o caso do Cespe) e, por causa disso, as questões versam mais sobre uma descrição das regras do que sobre o nome de uma função em particular.
Entende-se, com isso, que cada banca focaliza conteúdos que julga mais importantes, apesar disso o conteúdo é o mesmo, essencialmente. Há, aqui ou acolá, bancas cujos elaboradores cometem gafes terríveis com relação à teoria; mas isso não altera as regras gramaticais – apenas deixa nítido que houve erro por parte do elaborador.