Evolução

evolução

 

Existe apenas um canto do universo que você pode ter certeza de aperfeiçoar, que é você mesmo.

Aldous Huxley

 

 

            Nossos olhos tendem atuar como fitas métricas: medem as pessoas à nossa volta; medem a nossa imagem no espelho; medem as palavras das outras pessoas. Apesar disso, poucas vezes pensamos em buscar uma melhora. Isso acontece, porque é muito mais simples apontar o dedo para outras pessoas e escarnecer, criticar, topicalizar os defeitos.

            O processo inverso não ocorre facilmente. É dolorido admitir que nossas falhas maculam nossa imagem. Entretanto, o pensamento de Aldous Huxley ensina que há apenas um canto, um lugar que podemos melhorar, mesmo que minimamente: nós! Para que isso aconteça, é preciso apostar em um processo que me foi ensinado quando estudei Antropologia (devo esse ensinamento a minha orientadora da época do mestrado – Regina Coeli): estranhar o familiar.

            Aquilo que é familiar parece tão comum, tão normal que quase nunca conseguirmos analisar friamente, de maneira distante. Os olhos ficam embotados de tanta correria, de tanto cotidiano. Tudo passa de maneira igual, sem um critério ou sem uma análise.

            Um dia você descobre como aquilo de que tinha medo era algo banal, como o segrego que você guardava era uma besteira atualmente. Percebe como você poderia melhorar sua vida com poucas atitudes: mudando aquilo que come, fazendo alguns exercícios, reclamando menos, trabalhando mais em prol daquilo que quer. Lamenta não ter tomado essas atitudes anteriormente. Isso é normal. O lamento também faz parte do processo de amadurecimento do indivíduo. Apesar disso, respire fundo, apague os lamentos e mergulhe em um mar de mudanças, porque toda viagem para um novo mundo passa por um mar muito revolto.

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