Eu escrevi esse texto há algum tempo, como forma de tentar depurar as dores que um amigo sentia à época.
Num dia tumultuado como o de hoje, recebi – em meio a ligações, snaps, risos, vídeos e outras coisas do cotidiano – uma notícia que me deixou devastado: um grande amigo meu perdeu o seu dog. Não por desleixo, pois era um dos papais de dog mais dedicados que conheço. Não por negligência. Por, digamos, um triste, tristíssimo, acaso. Nunca estamos preparados para o momento em que receberemos notícias de fragilidade de quem sempre parece esbanjar saúde e alegria.
Porventura, você possa pensar que isso é afetação; um exagero de minha parte. Não é! Somente quem tem amor incondicional por essas maravilhosas criaturas sabe como eles conversam com o olhar, como nos carinham apenas com suas lambidas indesejadas e abruptas. Apenas quem ama o seu bichinho sabe que não se trata apenas de um cachorro ou de um gato; ou qualquer coisa! Olhe a língua, quando fala do meu parceiro! Tenho três meninas (Catarina – Nina -, Isabel e Elizabeth) e sequer posso pensar em uma separação abreviada. Isso é uma fraqueza. Pois é, mas todos temos nossos pontos de sensibilidade.
Eu não sei se existe um céu canino, talvez nem devesse pensar nisso. Sei que nossos amigos patudos só querem a nossa presença, que costuma ser o maior conforto quando eles estão realizando o passamento. Nada no universo se perde! A energia dos nossos amigos peludos, gorduchos, magrelos, atentados, nervosos, fujões voltará a fazer parte do mundo que nos cerca, e eles nunca irão embora. Eles continuam vivos na memória! Oxalá nossas energias se encontrem depois: brincaremos demais!
É verdade só quem teve um amigo dog sabe a dor que é essa separação! Porque ninguém vai está esperando com ansiedade e amor como nosso amigo canino!
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Ótimo.
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“Sei que nossos amigos patudos só querem a nossa presença…” E como sei! Belo texto!
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