Qualquer pessoa que se identifique como fã de Língua Portuguesa (poucas, hoje) deve nutrir alguma paixão pela pontuação. Apesar disso, muitos são os que – desavisadamente – empregam os sinais de maneira incorreta. Por que isso acontece?

As explicações são bem engraçadas. Já ouvi coisas do tipo: “aprendi que o correto é colocar a vírgula quando eu respiro”; “aprendi que devo colocar uma vírgula a cada três linhas”. Tudo besteira! Há regras para a inserção desse sinal, o qual indica haver uma pequena pausa na sentença. Vamos aprender duas delas.

A primeira é o que chamo de “regra de ouro”, ou seja, é a que deve guiar você na pontuação. Ela diz: não pode haver vírgula entre sujeito e verbo. Não importa a ordem, não importa o tamanho da sentença: não coloque uma vírgula entre o sujeito e o verbo da oração. Para não errar isso, é fundamental ter uma boa noção de Sintaxe.

Analise o exemplo: “os grandes ensinamentos do brilhante escritor Machado de Assis foram lidos durante gerações”. Se você pusesse uma vírgula, onde poria? Se pensou em colocar após “Machado de Assis”, acabou de errar! A expressão “os grandes ensinamentos do brilhante escritor Machado de Assis” funciona como sujeito da forma “foram lidos”, e você acabou de aprender que não pode colocar a vírgula entre sujeito e verbo.

A segunda regra é a seguinte: deve-se separar o vocativo (a pessoa a quem você se refere diretamente na frase) do resto de qualquer sentença. Essa separação é, elegantemente, feita com uma vírgula. Não custa nada, e você ainda vai mostrar que tem noção de escrita. Ao redigir um e-mail, dê preferência para uma construção do tipo: “Bom dia, Fulano”, “Senhor Fulano, boa tarde”; evidentemente com um ponto após a saudação.

Espero que isso tenha ajudado você a compreender um pouco a respeito dessas regras de pontuação. Agora, o fundamental é praticar! Bons estudos!

Força, guerreiros!