Pergunto-me, em alguns momentos do dia, quem somos (nós, seres humanos) nessa longa caminhada que é a vida. Por mais que inúmeras teorias possam ser utilizadas para explicar, nada nos acomoda tão bem nessa condição quanto um dia em que o mundo olha de volta para você. 

       É comum olharmos para o mundo, mas não é comum perceber o que estamos fitando. Talvez pela pressa, pela dinamicidade, pelos compromissos ou por uma venda negra chamada ROTINA, não consigamos sentir verdadeiramente o que nos é caro ou importante. 

  

       Nesses dias em que as cobranças chegam, em que os amigos têm atenção especial em nos esquecer e que até nosso cão está com a face da depressão, temos que buscar a essência do que nos faz humano. A busca. Teoricamente, é uma tal sede que faz com que saiamos da posição de comodidade ou de conforto e busquemos algo que – até pode estar em nossa frente – parece inatingível. É uma voracidade que deve tomar conta toda vez em que as dificuldades abundarem, toda vez em que os escarnecedores levantarem suas pedras. Não há pedra de palavra capaz de macular o aço do caráter! 

        Somos grandes caçadores! Cada um com sua presa, sua estratégia, sua vontade! Buscamos o furor da caça para nossos sonhos, nossas aspirações! 

          O início ou o fim da jornada não importam! Importa o que fizemos durante a caminhada!

                                                                                                                (Pablo Jamilk)